domingo, 25 de agosto de 2013

da série: belos nós

In having meaning, in expecting realisation, in deserting wearying, in exhausting attending, in loving insisting, in embarking anything, in continuing meaning, in persisting working, in hoping having been realising, in urging continuous hoping, in longing for existing, in hearing encouraging, in desolating what is waiting, in returning what has been being the ridiculous part of everything, in remembering all of conquering that has meaning, in straining all of selling that has buying, in operating all the desolation that has repeating, in all that is and was these who were and came were the ones who are when they stay and do not remain where they will be, these were the ones who are when they are and they are when they are as they had when they had what they had because they did not have what they could have since they did not have all they did have as they were when they are.

[gertrude stein, g.m.p.]

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

apresenta a jazzband. não. toca blues com ela.

são duas horas da manhã de quinta pra sexta e estou tendo o que parece ser uma lufada de comunicação. acabo de pré-acabar um trabalho de médio porte e que tenho achado importante nos caminhos novos. junto com isso do ponto final que é mesmo final num texto, vem a sensação de dever cumprido, a gota de suor da lida que escorre e a vontade de exteriorizar esse prazer. beber um golinho, com a ressaca que me acometeu no dia de hoje, não é possível. puxar conversa furada na internet? nããã.

fiz então uso do meu dispositivo de relaxamento da percepção e peguei um livro que acabei de comprar. o livro é dessas edições esgotadas (por que se comportar assim, editoras? façam-me o favor!) que passam a custar uma pequena fortuna na estante virtual, mas encontrei uma em condições boas e preço idem, justo. acontece também de ser um dos meus títulos favoritos, e só eu sei o quanto tenho dificuldade em autenticar um volume com esse carimbo do favoritismo, tão cheio de expectativas e frustrações. mas a ana c. consegue ser de uma pungência e de uma delicadeza que ainda não encontrei em lugar algum.

pois. justamente por isso é uma poeta que eu sempre entrego de bandeja pra quem eu gosto muito, quando estou justamente na fase do gostar muito. isso não se restringe a casos afetivos e sexuais, que fique claro, mas eventualmente se repete nesse ponto. tanto que é meu terceiro ou quarto livro desses, os anteriores foram dados ao léu.

percorrendo as primeiras páginas, caí justamente no verso que você usou na nossa brincadeira de títulos de e-mail. essa mesma exata correspondência eu por acaso reli dia desses enquanto buscava a versão perfeita de uma música da nara, que lembrava ter recebido de você, nessa nossa outra brincadeira de sempre colocar uma música nova no fim da mensagem.

é bastante coincidência num período curto, me parece. o suficiente pra te escrever estas linhas. me lembra também que outro dia nos desencontramos num evento social, por bem pouco. eu tinha saído justamente com o pessoal responsável pelo que você tinha ido ver e, quando estava de volta, você já tinha ido embora.

fica então dado este sorriso, e mais esta brincadeira.