domingo, 31 de julho de 2011

jardim botânico aka
construindo a memória

me perdi por horas. a ressaca mais o senso de localização chucro me fizeram descer na estação errada, me perder à pé, andar em círculo, me perder depois de bicicleta até que, enfim, consegui chegar, com a baguete atrasada, no destino certo. o bônus ficou por conta da entrada que eu não sabia que tinha que pagar e não me cobraram -- uma mãozinha do destino, considerando que a carteira tinha nada mais do que quatro centavos. chegando lá, o jardim botânico milimetricamente planejado, flores, muitas flores de todos os tipos, em trouxinhas, em cabeleiras, tudo misturado e desordenado cheio de harmonia. no céu, um crepúsculo desses do velho continente que duram três horas, em nuances que foram do azul claro ao preto, com alguns lampejos meio rosados, durando até quase onze da noite. no palco, um quarteto de jazz com alguns convidados e acompanhado de um coral, homenageando mozart a seu modo, com direito a beatbox e uma senhora de cabelos longos de única dançarina da plateia, no último dia de um festival que eu felizmente não deixei passar. vivendo uma daquelas cenas que você tem certeza que vai estar nos flashes da memória o resto da vida, no repositório de imagens bonitas.