quinta-feira, 1 de agosto de 2013

apresenta a jazzband. não. toca blues com ela.

são duas horas da manhã de quinta pra sexta e estou tendo o que parece ser uma lufada de comunicação. acabo de pré-acabar um trabalho de médio porte e que tenho achado importante nos caminhos novos. junto com isso do ponto final que é mesmo final num texto, vem a sensação de dever cumprido, a gota de suor da lida que escorre e a vontade de exteriorizar esse prazer. beber um golinho, com a ressaca que me acometeu no dia de hoje, não é possível. puxar conversa furada na internet? nããã.

fiz então uso do meu dispositivo de relaxamento da percepção e peguei um livro que acabei de comprar. o livro é dessas edições esgotadas (por que se comportar assim, editoras? façam-me o favor!) que passam a custar uma pequena fortuna na estante virtual, mas encontrei uma em condições boas e preço idem, justo. acontece também de ser um dos meus títulos favoritos, e só eu sei o quanto tenho dificuldade em autenticar um volume com esse carimbo do favoritismo, tão cheio de expectativas e frustrações. mas a ana c. consegue ser de uma pungência e de uma delicadeza que ainda não encontrei em lugar algum.

pois. justamente por isso é uma poeta que eu sempre entrego de bandeja pra quem eu gosto muito, quando estou justamente na fase do gostar muito. isso não se restringe a casos afetivos e sexuais, que fique claro, mas eventualmente se repete nesse ponto. tanto que é meu terceiro ou quarto livro desses, os anteriores foram dados ao léu.

percorrendo as primeiras páginas, caí justamente no verso que você usou na nossa brincadeira de títulos de e-mail. essa mesma exata correspondência eu por acaso reli dia desses enquanto buscava a versão perfeita de uma música da nara, que lembrava ter recebido de você, nessa nossa outra brincadeira de sempre colocar uma música nova no fim da mensagem.

é bastante coincidência num período curto, me parece. o suficiente pra te escrever estas linhas. me lembra também que outro dia nos desencontramos num evento social, por bem pouco. eu tinha saído justamente com o pessoal responsável pelo que você tinha ido ver e, quando estava de volta, você já tinha ido embora.

fica então dado este sorriso, e mais esta brincadeira.

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