quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

verborreia, que não tem mais acento aka
música de sexta aka
a sexta música

eu sei que isso já virou so last week, mas eu mal sabia da existência deles antes e continuo sabendo nada. aí me aparece esse vocalista feiosinho, com uma boca mole e cantando essa música gostosa que tinha entrado na minha cabeça em algum momento que eu não tinha registrado. e dá uma vontade tão grande de vento no cabelo. mas não é aquele meu vento no cabelo inicial de 4 non blondes. nem aquele vento no cabelo de estar vestido de prateado com a maior cauda do mundo, dublando ópera em cima de um ônibus no deserto quando você divide um tour bus com o guy pearce drag queen. nem o vento nos cabelos da nina persson dirigindo louca de bota de cobra. nem o vento nos cabelos do conversível de thelma & louise ou de alicia silverstone & liv tyler. é um vento nos cabelos da hora que você tá ali, num deserto americano, claro, e se dá conta dele. dele que pra mim é só o vento, que pra você pode ser o tal do deus e que pra uma outra pessoa pode ser qualquer outro sinal, que as pessoas funcionam à base de sinais. se ele atravessar a rua, é sinal de que eu preciso fumar só um cigarro, o que também não significa que voltei a fumar. o vento gostoso de quando você ainda não queimou o braço irremediavelmente e a viagem ainda não começou a dar errado e você tá ali, sendo livre no deserto americano, usando uma camisa de manga curta, estampada e aberta, com uma regata branca por baixo. porque regata branca pra americano é igual filtro de café, que vem em quantidades e é quase descartável. e aí começa a tocar. você dirigindo com uma mão só, a outra brincando com o vento, lutando contra ele nuns movimentos fora do carro, fazendo umas ondas. porque música de vento nos cabelos é assim, ela começa, não tem muita escolha. pode ser o maior hit do rádio, mas tem que começar sozinho. também vale pegar no meio do caminho, mas a escolha acaba com a espontaneidade. então, se você acontecer de ser meu carona e começar a tocar essa música, fique sabendo: é tudo forjado.



ah, a segunda música me interessa quase nada, desconsidere.

2 comentários:

Daniel disse...

Duas músicas dos The Cranberries - Dreams e Linger - poderiam entrar no soundtrack dessa viagem. Acho que combinam com o vento e os sinais de Apolo.

daniel disse...

mas que espécie de xará sem rastros na internet é você, criatura? identifique-se. :)