ler, escrever, gostar aka
descascando o pepino letrado
eu nunca soube, por exemplo, que você tinha morado na bahia. e isso não tem nada a ver com você mesmo, aquela imagem da camiseta do olodum cortada nas mangas, na gola e em qualquer outra extremidade. tererê no cabelo então, pfff. mas enfim, quero aproveitar o gancho das letras e da revisão e coisa e tal.
letras é bonitinho na teoria, tem até um certo pequeno hype de pessoas desinteressadas que não precisam de uma faculdade pra nenhum fim prático, mas aproveitam a pecha praticamente inútil de poder citar ou achar que são verdadeiros connaisseurs da "literatura inglesa", da "literatura brasileira", yadda yadda yadda.
o problema é que por maior que seja o seu amor pela leitura, a partir do momento que você estuda, a fruição desinteressada vai embora. tudo passa a ser sistematizado, relacionado, explicado demais... o amor passa a ser crítico. e se você não tem essa pegada, meu amigo, cabô.
as leituras até então desprezadas você aprende a valorizar, mas praticamente não tem com quem dividir isso e vive eternamente preso no século xix. a escrita, então, nem se fala. vira uma tarefa hercúlea, incansável e jamais satisfatória.
e você acaba na busca eterna de um diploma sem lembranças, já que as pessoas acham legal, mas não te empregam em nada que não seja relacionado a professorinha, secretariazinha, revisãozinha. bobagenzinhas que dão no saco de qualquer ser humano.
no fim, você vira um repositório de dúvidas da língua materna de todo mundo, sobre assuntos que você não aprende na faculdade e que todo mundo deveria ter aprendido nos tantos anos de ensino obrigatório.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
matando a curiosidade aka
só me resta dançar um tanto argentino
eu realmente me empenho a descobrir se as pessoas fumam. as famosas, claro. não sei se pra aliviar a culpa, pra descobrir as cinco ligações que me levam ao paulo ricardo ou por pura falta do que fazer. e seguindo essa mesma lógica, apareceu esse vídeo "formidável". acho que essa é a palavra certa, apesar de soar bem esquisito. é uma caligrafia bonita numa lousa, que conta de qual escritor é a voz que ouvimos no momento. eu sei que é no vimeo, que pode demorar pra carregar e que é comprido. mas acha um tempinho aí e assiste:
e essa caligrafia bonita me lembrou a divulgação que a miranda july fez do "no one belongs here more than you" escrevendo no fogão e tirando fotos. qual não foi minha surpresa ao achar o link com mais escritos no fogão, datados do ano passado. corre lá se nunca tiver visto:
só me resta dançar um tanto argentino
eu realmente me empenho a descobrir se as pessoas fumam. as famosas, claro. não sei se pra aliviar a culpa, pra descobrir as cinco ligações que me levam ao paulo ricardo ou por pura falta do que fazer. e seguindo essa mesma lógica, apareceu esse vídeo "formidável". acho que essa é a palavra certa, apesar de soar bem esquisito. é uma caligrafia bonita numa lousa, que conta de qual escritor é a voz que ouvimos no momento. eu sei que é no vimeo, que pode demorar pra carregar e que é comprido. mas acha um tempinho aí e assiste:
Vozes from Marcelo Noah on Vimeo.
e essa caligrafia bonita me lembrou a divulgação que a miranda july fez do "no one belongs here more than you" escrevendo no fogão e tirando fotos. qual não foi minha surpresa ao achar o link com mais escritos no fogão, datados do ano passado. corre lá se nunca tiver visto:
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além de uma festa, paris também é um clichê aka
memória involuntária
sabe, nêga, eu tava aqui vendo os vídeos do dia pra fazer meu trabalho que as pessoas consideram supermoderno (mas que às vezes me dá no saco) e acabei caindo no vídeo de um patinador. viado, evidentemente, como convém aos patinadores.
aliás, tanto e tão o era que ele escolheu dançar ao som de jason mraz, i'm yours. aquela música que você colocava no seu mp3 pobrinho e que eu nem sou muito fã, porque me parece coisa de surfista em potencial que vai pra maresias e tem aquela tara idiota por comida japonesa -- sem falar no sotaque paulistano afetado e toda a mediocridade.
mas memória a gente não escolhe, certo? de repente eu tava ali, naquele parque que foge do circuito de jardins embonecados geometricamente à francesa, depois de tomar um vinho branco num café na calçada e puto da vida com a falta de liberdade de algo que a gente tinha ganhado e que deveria ser prêmio, não um monte de obrigações altamente dispensáveis.
e aí deu uma saudade boba gostosa todavida...
memória involuntária
sabe, nêga, eu tava aqui vendo os vídeos do dia pra fazer meu trabalho que as pessoas consideram supermoderno (mas que às vezes me dá no saco) e acabei caindo no vídeo de um patinador. viado, evidentemente, como convém aos patinadores.
aliás, tanto e tão o era que ele escolheu dançar ao som de jason mraz, i'm yours. aquela música que você colocava no seu mp3 pobrinho e que eu nem sou muito fã, porque me parece coisa de surfista em potencial que vai pra maresias e tem aquela tara idiota por comida japonesa -- sem falar no sotaque paulistano afetado e toda a mediocridade.
mas memória a gente não escolhe, certo? de repente eu tava ali, naquele parque que foge do circuito de jardins embonecados geometricamente à francesa, depois de tomar um vinho branco num café na calçada e puto da vida com a falta de liberdade de algo que a gente tinha ganhado e que deveria ser prêmio, não um monte de obrigações altamente dispensáveis.
e aí deu uma saudade boba gostosa todavida...
hamlet observa a horácio aka
surpresa!
e pensar que eu traduzi uma apresentação sobre um grampeador de hemorróida sem nem chegar a saber que era isso. realmente há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia...
surpresa!
e pensar que eu traduzi uma apresentação sobre um grampeador de hemorróida sem nem chegar a saber que era isso. realmente há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia...
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
que vantagem maria leva? aka
fumando e mentindo e seguindo a canção
não sei por que insisto nessa bobeira, mas eu minto pra médicos. a ideia ali é justamente conferir sua saúde e eu continuo mentindo sobre a minha. não que eu tenha dores ou outras coisas ocultas, mas se eu pago meu cigarro, fumo (quase) todos eles e gosto apesar dele ter se transformado no novo diabo, eu tenho mais é que assumir.
e o dotô tava lá, falando que ia fazer igual o michael douglas em "um dia de fúria". você assistiu "um dia de fúria"? então, vou sair atirando pra todo lado, mas sabendo em quem. porque se você soubesse a putaria, o tanto de injustiça que acontece nos hospitais de são paulo, você não entraria em 70% deles. e olha que eu tenho vinte e cinco anos de pneumologia. aaah!, ainda bem que voltou essa moda da calça xadrez, porque eu adoro calça xadrez, já comprei umas três - e precisa da moda pra usar, dotô? - é, não precisa. você pratica esporte? - é, tô tentando voltar a nadar, mas agora tô esperando melhorar um pouco o tempo, que a piscina é aberta - ah, mas eu comprei aquelas roupas de neoprene de surfista, é uma maravilha. comprei só a parte de cima porque nas pernas não tenho frio. e é uma beleza, rapaz. você fuma?
eu, na maior caralavada, solto que já fumei, por dois anos. só se forem anos de gato. por que, daniel, por quê? eu sei que sete é uma quantidade de anos que pode te assustar, mas já que fumou e continua fumando, encara.
ele vai fazer o quê além de mudar trinta vezes de assunto sem nenhuma conexão? tem que acreditar, ué. e eu agora ainda tenho dois cupons, um pra cada ano que eu fumei, que me colocam na disputa do sorteio de uma minimoto que a farmácia teve a brilhante ideia de sortear. mais essa pra lidar.
fumando e mentindo e seguindo a canção
não sei por que insisto nessa bobeira, mas eu minto pra médicos. a ideia ali é justamente conferir sua saúde e eu continuo mentindo sobre a minha. não que eu tenha dores ou outras coisas ocultas, mas se eu pago meu cigarro, fumo (quase) todos eles e gosto apesar dele ter se transformado no novo diabo, eu tenho mais é que assumir.
e o dotô tava lá, falando que ia fazer igual o michael douglas em "um dia de fúria". você assistiu "um dia de fúria"? então, vou sair atirando pra todo lado, mas sabendo em quem. porque se você soubesse a putaria, o tanto de injustiça que acontece nos hospitais de são paulo, você não entraria em 70% deles. e olha que eu tenho vinte e cinco anos de pneumologia. aaah!, ainda bem que voltou essa moda da calça xadrez, porque eu adoro calça xadrez, já comprei umas três - e precisa da moda pra usar, dotô? - é, não precisa. você pratica esporte? - é, tô tentando voltar a nadar, mas agora tô esperando melhorar um pouco o tempo, que a piscina é aberta - ah, mas eu comprei aquelas roupas de neoprene de surfista, é uma maravilha. comprei só a parte de cima porque nas pernas não tenho frio. e é uma beleza, rapaz. você fuma?
eu, na maior caralavada, solto que já fumei, por dois anos. só se forem anos de gato. por que, daniel, por quê? eu sei que sete é uma quantidade de anos que pode te assustar, mas já que fumou e continua fumando, encara.
ele vai fazer o quê além de mudar trinta vezes de assunto sem nenhuma conexão? tem que acreditar, ué. e eu agora ainda tenho dois cupons, um pra cada ano que eu fumei, que me colocam na disputa do sorteio de uma minimoto que a farmácia teve a brilhante ideia de sortear. mais essa pra lidar.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
barulho de tolo aka
mother (fucking) nature son
dá uma olhada no que disse o serra sobre a chuvinha que caiu em são paulo:
"Para Serra, enchente em SP é culpa da natureza". Mais precisamente, "é culpa da natureza que se rebela, temos que rezar para que não se repita". Defendeu a ampliação da marginal Tietê, dizendo que "todas as árvores que foram retiradas dali foram plantadas em outro lugar".
do nelson de sá
mother (fucking) nature son
dá uma olhada no que disse o serra sobre a chuvinha que caiu em são paulo:
"Para Serra, enchente em SP é culpa da natureza". Mais precisamente, "é culpa da natureza que se rebela, temos que rezar para que não se repita". Defendeu a ampliação da marginal Tietê, dizendo que "todas as árvores que foram retiradas dali foram plantadas em outro lugar".
do nelson de sá
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